terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Como é a escolha de nomes dos condomínios?

Quem conhece João Pessoa, sabe a quantidade de nomes de condomínios estranhos que temos aqui. Será que existe uma regra (Por aqui dependendo da construtora, existe com certeza!) para essa escolha, ou simplesmente não existe nenhuma e teremos qualquer nome? Além dos nomes, por que esse estrangeirismo em "home offices", "fitness"? Pensando nisto, colocaremos dois artigos interessantes sobre essa curiosidade que nos veio a mente.

Como é a escolha de nomes dos condomínios?

Passou o tempo em que as incorporadoras eram motivadas por homenagens aos parentes para batizar seus empreendimentos. Atualmente, as construtoras querem que o conceito do imóvel seja refletido no nome, mas seu significado também pode remeter ao estilo arquitetônico do prédio ou ao público-alvo.

Os critérios para seleção de nomes dependem de cada empreendimento, de acordo com André Elias Nakid, administrador da Nakid Construções Civis. Seu último lançamento foi o residencial Rio Negro, que manteve a característica do bairro Weisópolis, em Pinhais, em que as ruas têm nomes de rios. Pensando em um público mais jovem, outro imóvel foi chamado de Nova Era, no Alto da XV. No mesmo bairro, construíram um prédio de quatro andares, destinado às classes A e B. “Para dar uma idéia de aconchego e refinamento buscamos um nome francês, Petit Coin (Pequeno Canto)”, diz Nakid.

Insatisfação pode acabar


Há casos em que o nome do residencial não agrada aos condôminos e, então, pode ser alterado em cartório. Foi assim com o edifício residencial Piauí (Rebouças/Parolin), que levava o nome da rua. Em 1977, foi modificado para condomínio residencial Casagrande. Segundo a escrevente do 7.° Registro de Imóveis, Raquel de Oliveira, para a mudança do nome o primeiro passo é que o síndico convoque uma assembléia. Em seguida, a ata da reunião deve ser levada ao cartório para ser averbada. O documento é aceito se tiver a concordância de 50% dos moradores mais um. Se não houver quórum, a decisão pode ser tomada por qualquer número de condôminos presentes. O custo para a alteração é de R$ 13,34 por apartamento.
Segundo ele, o nome começa a ser pensado desde o projeto, para que se possa começar o trabalho de venda na planta. “É difícil vender um imóvel sem identidade”, afirma. Para ele, o nome não é um fator de decisão na compra, mas representa um facilitador, pois deixa transparecer o padrão do empreendimento.

Na Construtora Thá há várias formas para a geração dos nomes, segundo Eduardo Quiza, coordenador de Marketing. “Sempre procuramos transmitir algo do projeto”, diz. O edifício Covent Garden (bairro londrino), por exemplo, remete à arquitetura no estilo britânico. Com muros de vidro e linhas marcantes na fachada, o edifício a ser lançado em setembro no Batel será chamado Contemporâneo. Também é comum a Thá usar um mesmo tema durante anos. De 1985 a 1995, os edifícios levavam nomes de rios. Houve a fase dos aviões e dos prefixos Green (Green Park, Green Land) e Solar (Solar da Barra, Solar das Gaivotas).

Segundo Quiza, normalmente, a criação dos nomes vem do departamento de marketing, mas há a participação de publicitários e de arquitetos também. É gerada uma lista com diversas idéias, que depois é submetida à diretoria.

“Há dois anos não havia critério definido para a seleção de nomes para os imóveis, mas é preciso profissionalizar o processo”, diz Luiz Rodrigo Santos, diretor comercial da Imoveltec, que comercializa os imóveis LN e Portofino. Segundo ele, a concorrência é muito grande e é preciso saber com que público a empresa quer se comunicar. “A gente acredita nas ferramentas de marketing e na somatória de conceitos para a realização de negócios”. O recém-lançado Citylife, por exemplo, quer refletir o melhor da vida urbana. Já o condomínio horizontal Villa Europa tem alamedas e casas lembrando a arquitetura italiana.

De acordo com Hugo Peretti Neto, diretor da Construtora Hugo Peretti, a escolha dos nomes não é nada sofisticada. Muitas das inspirações vêm das viagens que faz com seu pai pela Europa. Como no caso do edifício Monte Rosso, com o nome de uma vila que conheceram no mar da Ligúria, na costa mediterrânea. “O lugar era bonito e nós temos ascendência italiana”, justifica. Além da opção pelo nome, o prédio, que está sendo construído no Alto da XV, terá a cor vermelha, em uma alusão ao “rosso” (vermelho em italiano). No centenário da aviação, em 2006, a Hugo Peretti lançou o residencial Santos Dumont, com as torres 14 Bis e Demoiselle, que foram os seus primeiros aviões.

Fonte: Gazeta do Povo

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