quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Fundações - Parte II

Fundações Indiretas ou Profundas

São fundações que têm o comprimento preponderante sobre a seção, são as estacas e os tubulões (AZEREDO, 1977). Para que as estacas sejam cravadas, são utilizados bate-estacas, que podem ser de três tipos: de gravidade, de simples efeito, e de duplo efeito.

O bate-estaca de gravidade corresponde aquele que utiliza energia semelhante a um peso em queda livre (de uma altura determinada) para cravar as estacas. O processo prossegue até que a estaca que esteja sendo cravada penetre no terreno, sob a ação de um certo número de golpes, um comprimento pré-fixado em projeto: a "nega", uma medida dinâmica e indireta da capacidade de carga da estaca.

No de simples efeito o martelo desloca-se ao longo de um embalo fixo à estrutura do bate-estacas e é levantado pela ação de gases sob pressão caindo só pelo próprio peso (AZEREDO, 1977). A frequência obtida é de 40 a 50 pancadas por minuto.

O de duplo efeito assemelha-se ao anterior, porém os gases são injetados no cilindro, e nesse caso não a queda livre, sendo a frequência de cravação muito maior, de 250 a 300 pancadas por minuto.

As estacas em madeira são roliças e possuem um diâmetro que compreende entre 18 e 35 cm de diâmetro e de 5 a 8 m de comprimento. São vantajosas pela facilidade no transporte e no manuseio, corte simples, comprimentos variáveis e baixo orçamento. Entretanto, também apresentam desvantagens relacionadas a sua durabilidade

As metálicas tem configurações de perfis metálicos em T e H. Tem como vantagens o fácil manuseio, corte, emenda e transporte, além de cravação, e podem ser obtidas em qualqur comprimento. Em contrapartida, sofrem com ataque de águas agressivas e alto custo.

As estacas em concreto armado pré-moldadas são fabricadas no canteiro de obras ou em indústrias especializadas. Podendo ser vibrada (seção quadrada com cantos chanfrados), centrifugadas (de seção circular) ou protentida (quadradas com cantos vivos).

As estacas moldadas "in loco" sem camisa, tipo broca, são executadas de maneira simples, em duas fases: abertura de um furo no terreno, e lançamento de concreto neste. Podem ter de 20 a 30 cm diâmetro e até 5m de comprimento. São de reduzida capacidade de carga (3 a 8 t) e utilizadas em pequenas construções.

As moldadas "in loco" com camisa, tipo strauss são executadas com tubo de revestimento, de 25 a 50 cm de diâmetro. Tem como vantagens o fato de que são executadas com o comprimento necessário, sem uso de bate-estacas, o que não causa vibrações e amplia as possibilidades de localização. Como desvantagens, não é possível constatar a qualidade da execução e exige mão de obra bem qualificada.

Há outros tipos de estacas, segue abaixo uma listagem deles adquirida através do site http://www.coladaweb.com. Tome nota:

1. Strauss: É um tipo confeccionado no próprio local onde será empregada.

O método consiste em enterrar um tubo de aço no solo com um pequeno bate-estaca. Enterrado o tubo, este vai sendo retirado ao mesmo tempo em que se vai enchendo o orifício com concreto, o qual é batido com um pilão para melhor adensamento.

2. Com camisa tipo Strauss: Executadas com tubo de revestimento que contém, num fundo falso, um balde-sonda e água dentro do tubo. À medida que a água vai penetrando no solo e se transformando em lama, esta enche o balde que vai retirando o material e formando o furo para a penetração do tubo revestimento. Não necessita do emprego de bate-estacas. O tubo revestimento vai sendo retirado conforme o lançamento do concreto. Deve ser feito por pessoas experientes para que não cause falhas no concreto, que certamente não serão vistas, mas reduzirão a resistência do solo.

3. Simplex ou por Compressão: Também confeccionadas no local, são um outro tipo de estaca de concreto fundida no solo com o auxílio de um tubo de aço.

O método consiste em cravar no solo um tubo de aço com uma ponta de concreto pré-moldado, batendo com um bate-estaca. Em seguida, o tubo é cheio com um concreto bem plástico, em seguida o tubo vai sendo retirado, deixando a estaca de concreto no solo.

4. Franki: Talvez sejam as estacas mais empregadas atualmente. O método consiste em cravar um tubo de aço, batendo com o maço de bate-estacas, num tampão de concreto ou areia colocado no fundo do tubo. O tubo vai descendo forçado pelo atrito do tampão no interior do mesmo até a profundidade desejada.

O prosseguimento das percussões do maço expulsa o tampão juntamente com um pouco de concreto colocado no interior, formando no solo abaixo do tubulão uma parte alargada de concreto. Em seguida são colocados a ferragem da estaca no interior do tubo e também o concreto ao mesmo tempo em que se vai retirando o tubo.


5. Tubulão: É outro tipo de fundação indireta que consiste em um tubo de aço de grande diâmetro. Um homen trabalha em seu interior e vai cavando ao mesmo tempo em que o tubo vai descendo. Quando chega à profundidade desejada, a base é alargada e concretada, servindo para apoio de uma parte da estrutura. Este método leva em conta basicamente a compressão do solo na base do tubulão.

6. Tubulão tipo Chicago: A escavação é feita por etapas com escoramento que vai descendo à medida que a escavação prossegue. As escoras são travadas por meio de anéis metálicos.

7. Tubulão tipo Gow: Consiste na cravação de um conjunto de tubos metálicos, de diâmetros consecutivos e decrescentes. A escavação é feita após a cravação de cada tubo, sucessivamente. Os tubos são retirados com a progressão da concretagem. Tem como vantagem, sobre o tipo Chicago, pode ser executada abaixo do nível da água, desde que abaixo deste haja uma camada de argila que o tubo possa apoiar-se, permitindo o término da escavação antes que a água atravesse a camada de argila.

8. Tubulão Pneumático: Para terrenos onde há muita água, tornam-se inviáveis todos os tipos de fundação citados anteriormente. São usadas, para este caso, estacas de tubulões pneumáticos. Consiste no uso de ar comprimido após a cravação do tubo antes da escavação de seu interior. A finalidade do ar comprimido é a de manter a água afastada através do aumento da pressão no interior do tubo.

O trabalho é de extrema responsabilidade e de muito risco. O conjunto transforma-se em um sistema fechado, cujas portas, para entrada e saída de material, são abertas e fechadas de acordo com um código “Morse”, convencional, para evitar a perda da pressão. A descompressão é feita, gradativamente, após a conclusão da concretagem da estaca.


Referências:
AZEREDO, Hélio. O Edifício Até Sua Cobertura. 2ª Edição. São Paulo: Editora Edgard Blücher, 1977.

Fundações. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo -
Departamento de Engenharia da Construção Civil. 1996
.
BRITO, José Luís Wey de. Fundações do Edifício. São Paulo, EPUSP, 1987.
http://www.coladaweb.com/engenharia/engenharia.htm - Consultado em 11/12/09.
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1 comentários:

Vitória Almeida disse...

ALGUÉEM PODE ME AJUUDAR?????

ooi ! gostaria muito da ajuda de vcs ! sei que aqui não é um tira-dúuvidas,mas eu preciso urgeente de uma solução.Estou fazendo um trabalho DE Tecnologiia, sobre Recuperação de Fundações e os materiais que tenho encontrado para concluir meu trabalho, diferencia-se bastante. a questão é:
o uso de estacas é o apropriado para a recuperação de fundações? se siim, quais os tipos de estacas?
eu precisoo muuito de ajuda !

Meu e-mail: viitorialmeiida@gmail.com
Obg;)

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